terça-feira, 4 de março de 2008

SOLIDÕES

SEM TÍTULO

Uma nuvem se abriu como um véu caindo.

Uma doce sensação dedor se formando novamente,

inundando meus olhos com o poder do inconcebível.

Meus olhos que senão ásperos ou frios como deveriam

cerrrados por não querer ver a nostalgia se gerando no âmbito do lar vazio e empoeirado.

Talvez seja melhor dessa forma, apenas a nostalgia do inconcebível, do impossível, do que fora sonhado desde a infância, do olhar tímido da escola até o olhar machucado da velha juventude.

Os pulsos e a pele e os poros não conhecem o inconcebível, o incondicional sentimento direcionado ao meu olhar... apenas um calor que se apossou de mim desenfreadamente.

E a resposta obtive há pouco, pairando na janela de meu quarto...

Queimou-me a alma descobrir tal precoce missão soprada em minha alma.

Os anjos deixaram um ramalhete quando nasci, um ramalhete de dor, ao poeta que chorava ao nascer, a existência fadada, marcada...

um ramalhete de dor, para eu não esquecer que vim pra isso: SOLIDÃO.

- Eliéser Baco

A SOLIDÃO É BEM MELHOR QUE AMAR

E o mundo inteiro me fez só

sete feridas-chagas que não param de sangrar.

A solidão é bem melhor que amar...

Viver de crimes e pecados

não faz minha mente descansar

A solidão é bem melhor que amar...

Descobrir o mundo inteiro

cercado por dinheiro

me fez

enfim

me acomodar

A solidão é bem melhor que amar...

- Ricardo Celestino

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