SEM TÍTULO
Uma nuvem se abriu como um véu caindo.
Uma doce sensação dedor se formando novamente,
inundando meus olhos com o poder do inconcebível.
Meus olhos que senão ásperos ou frios como deveriam
cerrrados por não querer ver a nostalgia se gerando no âmbito do lar vazio e empoeirado.
Talvez seja melhor dessa forma, apenas a nostalgia do inconcebível, do impossível, do que fora sonhado desde a infância, do olhar tímido da escola até o olhar machucado da velha juventude.
Os pulsos e a pele e os poros não conhecem o inconcebível, o incondicional sentimento direcionado ao meu olhar... apenas um calor que se apossou de mim desenfreadamente.
E a resposta obtive há pouco, pairando na janela de meu quarto...
Queimou-me a alma descobrir tal precoce missão soprada em minha alma.
Os anjos deixaram um ramalhete quando nasci, um ramalhete de dor, ao poeta que chorava ao nascer, a existência fadada, marcada...
um ramalhete de dor, para eu não esquecer que vim pra isso: SOLIDÃO.
- Eliéser Baco
A SOLIDÃO É BEM MELHOR QUE AMAR
E o mundo inteiro me fez só
sete feridas-chagas que não param de sangrar.
A solidão é bem melhor que amar...
Viver de crimes e pecados
não faz minha mente descansar
A solidão é bem melhor que amar...
Descobrir o mundo inteiro
cercado por dinheiro
me fez
enfim
me acomodar
A solidão é bem melhor que amar...
- Ricardo Celestino
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