segunda-feira, 10 de março de 2008

BRUTOS E OTÁRIOS?

Poema dos Brutos

Seis jovens moços
Num quadrado da mesma rua
Digo, quatro garotos
E dois meninos musas.

Na gélida madrugada, esperam
Quem queira perversão
Ao som da sirena, esgueiram
Para furtiva escuridão
São os celebres refúgios
Na noturna ocupação.

Exígua são as pomas
Dos dois meninos musas
Cingidas são as calças
Esperando mãos intrusas.

Quatro jovens garotos
Despidos de suas blusas
Curtas são o que vestem
Mínimas bermudas.

Em agudos e graves
Na canção das mesmas frases
Suas vozes cantam
A fase da puberdade.

Seis jovens moços
Num quadrado da mesma rua
Digo, quatro garotos
E dois meninos musas.

Nudez cifrada em corpos crus!

- Erick Martorelli

Pois é... uma invasão bem-vinda a literatura sem-nome. É estranho como nos deparamos com a nudez cifrada todos os dias em nosso meio social. Despir-se até conseguir o que quer não está limitado exclusivamente ao sexo... pensem nisso!

E isso inspirou-me a criar o Dialeto dos Otários.

Dialeto dos Otários

Esquinas em escuridões.

Ter é esbanjar o consumido,
e cuspir é não saborear o explorado.
Sejas um ser-social
e mantenha-se por cima,
sempre por cima,
pois o medo de estar embaixo
é o medo de perder o que sempre terá.

Não sejas um bondoso de corações divididos,
o coração é um só e apenas serve para bombear teu sangue.

Envolver-te está fora de questão!

ps: os melhores poetas são os que não anseiam poesia.

=)

- Ricardo Celestino

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