segunda-feira, 3 de março de 2008

REFLEXÕES SOBRE O USO DA LINGUAGEM

``(...), as mudanças lingüísticas se expressam em fatos reais. Acontece, por conta disso, que os usuários da língua manifestam todos os sentimentos lingüisticamente. Em geral, não objetivam alterar a língua, mas colocá-la em uso efetivo; razão por que a língua muda no uso, o que leva à inovação e à mudança.``

``O interesse que o objeto língua conquistou no interior das ciências humanas, ultimamente, tem sido de tal importância que impulsionou o aparecimento de múltiplas abordagens, ampliando o campo da Lingüística e da História. Embora em bases diferentes, observamos um consenso entre os estudiosos, na medida em que tomam a língua em sua função de interação social, como processo e produto da atividade histórica do homem. Como processo e produto histórico, queremos dizer que a língua resulta de cada instante de interação entre o passado e o presente em meio ao contexto sociocultural.``


- Jarbas Vargas Nascimento – Historiografia Lingüística: Rumos Possíveis.
Ilumina-se Ana e apaga-se Mário.

ANA – Enforca-te ó bebum! És o resultado de uma zorra! És um maldito que trouxe toda uma discórdia! Foi de ti que começou este caos! Seu sem métrica! Seu sem nada!

MÁRIO – Engula a própria língua, sua rapina! Eu não sou da tua corja de perdidos! Rapinas melosas que choram no quarto escondido, no buraco dos sem fortuna! Dos sem nada! Dos simbólicos! Eu sou aquele que grita! Aquele que insulta e aquele que muda!

ANA – e quem há de entender tua palavra? Tua mudança muda é burra! Tua maluquice só é compreensível em tua cabeça! Moderno!

MÁRIO – enfie as métricas no buraco que não toma sol!

ANA – Pois isso sim não é atitude de acadêmico!

Apagam-se as luzes.
- trecho da peça MUNDO CONSUMADO, de Ricardo Celestino.

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