quinta-feira, 10 de abril de 2008

DE UM DÉCIMO ANDAR QUALQUER

Eu não sei se um dia vou poder
Voltar a sorrir para você
Agora que senti
O seu ponto de vista
E seu ângulo de visão.

Tudo que consegui fazer
Foi afastar meu corpo e soluçar um copo d´água.

ps: poema velho... já que agora a onda é atirar pessoas pela janela. É uma homenagem a alguém que já não está tão próxima assim.

=)

- Ricardo Celestino

segunda-feira, 7 de abril de 2008

REFLEXÕES SOBRE UM ALÉM MODERNIDADE

Banhei-me ao tédio que exala inspiração.
A falta do que fazer faz de um vassalo, suserano,
E de um rei, um plebeu.

Não controle tuas emoções,
mas não jogue teu corpo ao léu.
O suicídio faz de tua alma perdida.

Até os cegos vêem imagens,
distorcendo em funções robóticas.
Admire um mundo,
onde o novo está para aparecer.

Os tolos dizem o que sábios diziam,
mas o conhecimento não é uma abóboda fechada.
Saia, liberte-se
pois o ridículo é o trancafiado,
e o trancafiado é
o comunista, o esquerdista, o nazista, o facista, o socialista, o neoliberal, o integralista, o modernista, o parnasiano, o romântico...

E é tempo de Baudelaire passar vergonha,
ao invés de chocar e inovar.

Mostre tuas feras,
aponte todos os dedos de tuas mãos,
atire pedras lexicais aos ouvintes icônicos.

- Ricardo Celestino

sexta-feira, 4 de abril de 2008


"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."
"Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém."
''A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades.''
''Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de "ilustre", de "insigne", de "formidável", qualquer borra-botas.''
- Nelson Rodrigues.
extraído de
Pois é um sujeitinho tão velho e atual quanto coca-cola.
cheers para os olhos pesados!
Ricardo Celestino

quinta-feira, 3 de abril de 2008

NUM FUNDO FUNDO DE MINHA CABEÇA

Eu acordei naquela noite caminhando numa estrada deserta, mas de repente estava no meio de uma multidão que me olhava horrorizada. Minhas mãos, que cavucavam areia, estranhamente tornaram-se vermelhas e eu não me sentia ferido. O bisturi cavucou o peito de um senhor qualquer. A avenida parou até que meu corpo se tornasse um animal bruto prestes a virar sabão num camburão-carrocinha.

Minha cabeça bateu tão forte na água do mar que mais parecia a cela de uma prisão. Eu via minha mãe transformar-se em avó e minha avó em minha irmã. Alguém gritava tanto que não me deixava dormir... e eu não estava com sono e não conseguia parar de gritar... até que o silêncio chegou.

O silêncio veio como um líquido forte que fez baquiar. tava meio abobado ouvindo os conselhos daquela velha garota criança que se projetava como minha mãe-avó. Acabara, por fim, de inventar um novo parente: a mãe-avó.

- Ricardo Celestino

``Em doença mental e Psicologia, Foucault afirma que qualquer que seja o grau e a forma da doença mental, sempre implicará num grau de consciência do doente sobre a sua doença. Desta forma, os doentes t~em consciência de dois mundos e estes são reais para ele. Assim, Foucault afirma: ``A consciência do doente desdobra-se sempre, por si mesma, numa dupla referência; quer ao normal e ao patológico; quer no familiar e ao etranho; seja ainda, ao singular e ao universal; seja, finalmente, à vigília e ao onirismo.´´ Diante desse conflito entre os dois mundos, há uma perturbaçã tanto no mundo circundante quanto no mundo participante, tendo o doente que tentar se situar no tempo e no espaço dos dois mundos; o que se torna extremamente complexo, fazendo com que este doente fique, em muitos casos, decontentado destes - além de - situa-los fora da realidade comum.´´
Tempo e Espaço em Doença Mental e Psicologia
- Catia Ribeiro de Santana Lopes

terça-feira, 1 de abril de 2008


Quantos anos precisamos para perceber
Que estamos nos dirigindo ao caminho errado?
Quanto tempo falta para comprovarmos o certo e o só correto?

E tantos dias, tantas horas...
Tantos crimes em poucos dias, em poucas horas...

E o que é sua existência
Senão borracha em fósforo em canhões
é o nada,
Que se divide em três partes semióticas
Que horrorizam teu semblante

A existência existe para aqueles...
Que só querem um pouco mais de sobreposição,
Que não querem enfim...
Um fim.

E triste aqueles olhos que se viraram na madrugada
E um dia me acolheram de espectador
Agredindo meu corpo,
Meu corpo palestrante.

- Ricardo Celestino

(poema às pessoas que não fizeram nada de especial, pois perderam o caminho da estrada.)

domingo, 30 de março de 2008

NECESSIDADE DE PROSAR

É complicado...
ia eu colocar aqui uma figura ilustrando um texto descritivo de uma das pessoas mais importantes da minha vida e esse maldito computador não deixa eu abrir uma janela para inserir imagens. Então, decidi escrever qualquer coisa só para falar que escrevi hoje.

Bem, hoje meu dia foi muito complexo, cheio de atividades...
acordei.......... comi........ dormi...... acordei...... comi...... e agora irei dormir logo logo.

Abraços!

- Ricardo Celestino

segunda-feira, 24 de março de 2008

AOS REMOS

Rema rema rema,
que remar não há problema

rema rema rema
até encontrar o que se algema,
até ver que o que se tema
é na verdade um grande tema
disfarçado em bom poema
abolindo o uso do trema,
vendo-se o caos sem lema.

Rema rema rema
Que suar não há problema.

- Ricardo Celestino