terça-feira, 2 de setembro de 2008

É PROIBIDO PROIBIR...

Fui deparado com uma personificação divina que ditou estas palavras numa loja de conveniências: É PROIBIDO PROIBIR.

super conveniente!

Eu acho que os grandes nomes de 68 estão a se virar no túmulo. Depois de 40 anos e continuamos as mesmas amebas de antes. É claro! Nada mudou! Tudo que mudou foi superficial e atingiu um alvo limitado que só foi atingido por ter corrido com as próprias pernas atrás do que necessitava.

Hoje, se ficarem atentos, muitos dos que tiveram gogó naquela época estão trilhonários e caladinhos. O que aconteceu?

Pois Karl nos explica, e Adorno nos complementa. Bem-vindo a universalização! Bem-vindo ao lucro pelo trabalho não pago! VAAAAI SEUS TROCHAS! GRITA! GRITA! GRITA! Por que quando todo mundo perder a voz, só meia dúzia vai possuir o halls preto.

(e se substituirmos halls preto por exílio no exterior?)

Ninguém chora pelos corpos caídos, mas todo mundo aplaude os pobres-milionários.

Realmente, eu acho que muita coisa deve ser mudada, mas se apoiar a uma utopia de 40 anos atrás é demais, não?

Pois se quiseres se apoiar nessa utopia, fique tranquilo. Mas a estude primeiro caro rapaz, pois acho que ninguém tem tempo para ouvir besteiras.


Aí vai um escritor que deve ser ouvido, embora pouco conheço sobre o ditucujo.

ZUENIR VENTURA


pois é, ZUENIR VENTURA. O cara viveu e gritou na época, e não sacode bandeiras.




E O SÍMBOLO DO CAPITALISMO HOJE É CHE GUEVARA ESTAMPADO EM CAMISETAS NA RENNER.


RC

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Reservatório de Idéias

- Me parece que nada mudou entre nós. Tuas ancas, teu perfume, teus cabelos lisos, nada mudou...
- mas você me conheceu quando íamos ao baile.
- sim, e nada mudou. Mesmo com toda sua performance artística em talhar tua face com os mais finos cremes, nada mudou, tudo igual. Mesma sensação vazia, agustiando-me em ânsias de enxofre.
- Bem, é o que dá ficar tanto tempo sem escrever.

E fecha-se a porta e lê-se: RESERVATÓRIO DE IDÉIAS DE RICARDO CELESTINO





Sinos tocam enquanto três garotos caminham e se tocam, uns querendo ser mais viris que o outro. Aí, Renato Alves decidiu acabar de vez com toda a zorra e projetou-se atrás de um dos amigos.
O urro comoveu o altar que estava em missa, e os três padres tiveram que rezar orações que limpariam teus pecados.
Resta saber se os pecados cometidos são solucionáveis com poemas, ou se continuam sendo blasfêmeas.




A carne...
A carne é aquela que te vive,
Mas que te mata
Ao ponto certo.

Coma para não ser comido,
Somos tendenciosamente
Sadossociais


*sadossociais: referente ao ato de derrubarmos um de nossa própria espécie para nos concretizarmos. Capitalismo. O fracasso de outras pessoas é nossa ascenção.



RICARDO CELESTINO

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um BBB cinematográfico

Pois bem...

depois de um tempo na berlinda e descobrindo os olhos gordos sem criatividade que nos rondam pelo mundo a fora, estou de volta trazendo trechos de minhas composições. Embora seja uma grande besteira eu ficar nessas de privar o que escrevo, vou preferir guardar no meu baú minhas produções a mostrá-las para qualqueres e correr riscos de distorções malucas.

Claro, no momento certo elas serão soltas e farão o insucesso que merecem...

Enfim, o mundo é um grande plágio, não?!

agora sim, nosso BBB cinematográfico com um poema de introdução e uma idéia para uma filmagem.

Com o apoio e toda a criatividade de Erick Martorelli, pq agora é assim: ele tem uma idéia e nós dois nos matamos para tentar desenvolvê-la...


Proposta:

Aparece um homem de terno e gravata sentado num sofá assistindo televisão. Em cima da televisão, uma câmera. A imagem que passa na TV é a sua imagem, como num confessionário.
(nome do rapaz) – eu queria achar um jeito de desistir de tudo... de desligar as câmeras e voltar pra casa. Mas, sei lá... acho que muita gente vai acabar se chateando, né?!
O show começou há muito tempo. Talvez nunca ninguém consiga viver fora do espetáculo. Aliás, é muito difícil você conseguir viver sem se apresentar. Porque, reflitamos, o que é a vida? A vida é um show... a vida é um show dinâmico, e o público também atua, também interage e também decide o destino da história. E o teatro da vida tem uma perspectiva interessante: há tantos personagens principais quanto secundários e coadjuvantes. Depende muito de onde se observa a história. Bem, meu nome é Bruno Ribeiro e o que irei apresentar a vocês é a minha vida com cortes e edições.

- Ricardo Celestino
(por favor não me plageiem)

Existem várias formas de se ver o dia,
E eu vejo o dia pela janela da cozinha,
E alguns o vêem diretamente da sala de estar,
Mas ninguém jamais conseguirá
Presenciar o dia a dia no teu lugar.

Vamos todos,
Todos juntos,
Ter milhares de vidas a observar.
Vamos todos,
Todos juntos,
Cantar o que nos incomoda e mais ninguém.

- Ricardo Celestino
(se quiser, pode plagiar o segundo verso... eu deixo)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

I - O Demônio da Perversidade

- Lewi Coca? – disse uma voz feminina.
- Sim. Quem é? – disse um sotaque italiano grosso e rústico.
- Lorenna Tricky.
O telefone saltou-lhe das mãos grossas e branquelas, mas logo o recuperou no ar.
Ajeitou alguns aparelhos espalhados numa mesa de escritório. Tinha que rastrear aquela ligação.
Acenou para um homem gordo que dormia na cadeira. Não houve resposta.
- Você... bem, é uma audácia ligar pra mim. – disse Lewi, enquanto tentava chamar atenção de seu funcionário. – Já te contaram que é a garota mais procurada em Nightbytes?
- Ah... claro. Eu leio jornais. – deu uma risada meiga.
- Então diga o que quer, e dê tempo para que os policiais cheguem até você.
- Lewi... Você ta há tanto tempo atrás de mim que acabamos virando amigos íntimos não acha? Estranhou eu nunca ter te ligado? – sorriu. - Às vezes sinto falta de uma conversa contigo. – sorriu novamente.
Lewi correspondeu à risada.
- Vá direto ao ponto, gatinha... eu conheço você tão bem quanto imagina. Sei que não será pega dessa vez e só está fazendo isso para tomar meu tempo. Mas saiba que eu também tenho meus truques... sei que estou sendo usado. – sorriu, mas na verdade ele não esperava ligação nenhuma.
- Você é esperto Lewi... muito por sinal. Foi o que chegou mais próximo de mim. –Ele não lhe respondia mais. Ninguém nunca conseguira uma conversa com a melhor criminosa de Nightbytes e saíra vivo. Aquilo garantiria uma aposentadoria bem recheada. – Mas, infelizmente, você não será uma exceção da regra.
- Como assim?
- Você sabe... minha voz é muito bela para ser ouvido por todos os ouvidos da cidade. Prefiro continuar sendo uma lenda.
- Aí que você se engana. Todas as ligações são registradas aqui nesse prédio. E Loyd está... – observou seu funcionário gordo ainda dormindo, imóvel. Depois de tanto barulho na sala, ele não acordara. – Está...
- Morto. Infelizmente. – sorriu.
- Como você fez isso? – berrou. – Ele foi almoçar comigo... você envenenou ele? – não havia passado por sua cabeça que ela poderia estar dentro do prédio. Seria impossível, mas nunca era demais quando se tratava de Lorenna Tricky.
- Pois é... tudo começou no mês passado...
- Mas que diabos você está falando?
- Eu estava angustiada e triste no meu apartamento. O andamento das pesquisas de invasão celular via rede não estava dando bons resultados. Parecia impossível! Mas Lobby, sempre o Lobby, surgiu naquela tarde com uma nova descoberta: a implantação do vírus K via rede. – sorriu ela. – você sabe mais que eu que esse vírus destrói uma pessoa em poucas horas. Transmiti-lo via IP seria o máximo. Imagina quantas verdinhas renderemos espalhando esse vírus na rede e depois vendendo anti-vírus como uns desvairados, após algumas milhares de mortes.
- O que?! – berrou Lewi. – Vocês são doentes! – mas ao olhar para o lado e ver aquele corpo obeso dormindo, estremeceu.
- Sem intromissões, senão num vai dar tempo, gatinho! – sorriu Lorenna. – pois bem, fizemos questão de que a primeira experiência com o vírus fosse o teu escritório. Já que somos tão próximos...
Lewi soltou uma gargalhada enlouquecida. Ela só podia estar maluca. A Attack tinha o controle de tudo. A ZSS era o maior empreendimento de segurança de Nightbytes. Era impossível invadir o sistema de dados e destruir o sistema de segurança, quanto mais infectá-los com um vírus do mundo real.
- Enfim, nós já conseguimos tudo que queríamos. Está começando uma nova era, gatinho. A população se encheu dessa democracia fantasiosa que só nos fode! – Lorenna teve um ímpeto de raiva, mas logo se controlou. – agora, deixarei que o vírus corroa tuas entranhas, seu desgraçado nojento!
O telefone ficou mudo.
Lewi correu para checar o servidor de segurança que era um notebook que ficava do lado oposto ao do funcionário que dormia. Tudo estava normal.
``Ela blefou. Aquela vadia blefou!`` - pensou, sentindo-se revivido. A um segundo atrás parecia estar no inferno.
Olhou o companheiro que dormia.
´´Ótimo... por que ele não acorda?``
Deu alguns cutucões no funcionário e viu que os pulsos dele estavam negros, carbonizados. Deu um salto para trás.
``O que é isso?``
Na tela do notebook do funcionário havia um ícone de um ursinho balançando os braços. Clicou.

É NECESSÁRIO ESTAR CONECTADO PARA ESTA OPERAÇÃO

Plugou dois fones no pulso e sentiu seu corpo duro na cadeira. Em menos de dois segundos foi transportado para um beco escuro. Vestia um casaco marrom e um chapéu de feltro. O beco tinha, além de uma lata de lixo infestada de ratos, um acesso a uma avenida com dois letreiros: à esquerda, um letreiro vermelho indicava conecções ao meio interno. À direita, programas online. Caminhou à direita.
Caminhou na avenida e avistou, mais adiante, uma parede com inúmeras portas, todas pintadas com os mais variados desenhos, até encontrar um urso balançando os braços. Caminhou até a porta e a abriu.
Uma luz branca ofuscou-lhe a visão e se deu conta de que estava novamente no beco escuro, caído ao lado do latão de lixo. O chapéu estava a alguns metros, próximo aos pés de uma linda garota morena de casaco vinho e olhos verdes.
- Lorenna?! – gritou Lewi. – Voc...
A voz lhe foi abafada. Ele mal conseguia puxar o ar. Nas mãos daquela linda morena havia uma seringa com um líquido preto dentro. Injetou nas costas dele, que cambaleou e deitou no chão.
Ora enxergava a mesa de seu escritório, ora enxergava um céu negro e poluído, até que uma pressão gigantesca veio-lhe na cabeça e sua visão ofuscou-se para sempre.

No noticiário da manhã:

``Lewi Coca encontrado morto em seu escritório nesta madrugada, vítima de uma overdose caféica. O detetive era o principal investigador da vigilante Lorenna Tricky. Aguardamos maiores informações no jornal da noite.``

quarta-feira, 11 de junho de 2008




CAP I - O DEMONIO DA PERVERSIDADE
CAP II - O PROJETO DO FUTURO
CAP III - ESTADO DE ALERTA
CAP IV - EM AÇÃO
CAP V - PRÓXIMA ATÉ DEMAIS
CAP VI - UM COMEÇO PARA O ESTRELATO
CAP VII - NOVAMENTE DISTANTE
CAP VIII - NOS NOTICIÁRIOS
CAP IX - QUANTO VALE UMA CABEÇA?
CAP X - O DEMONIO DA PERVERSIDADE II
CAP XI - A MOSCA DA SOPA ou CONCLUSÕES


Começo a colocar no blog segunda-feira o primeiro capítulo, pois estou terminando de revisar. Vale ressaltar que é um livro de ficção, escrito no meu tempo de colégio, mas só agora estou mostrando... dei uma revisada, mas busquei não alterar a essência da história e o raciocínio que segui.

Muitas coisas que escrevi naquela época acabaram amadurecendo em escritos mais atuais... o livro é meio que uma literatura infanto-juvenil, mas busco criar uma crítica social.

É isso! E agora por favor, leiem e comentem se estão gostando...

- Ricardo Celestino

terça-feira, 10 de junho de 2008

...

agora eu acho que ta na hora de arrumar o mundo, já que tua casa começa a ficar pronta... sei lá se vc entende oq eu qro dizer?

infelizmente, não sou o engenheiro que meu pai sempre sonhou que eu fosse, e não costumo manter meus cabelos cortados e minha barba feita regularmente como ele sempre desejara...

na verdade, eu prefiro manter minha aparência de homem-de-beira-de-sarjeta, e prefiro que as pessoas que não me conhecem me ignorem, passem longe de mim pelo fedor de minhas vestes. Que quando sentirem o cheiro que exalo, interpretem como um CAIA FORA OTÁRIO! BABACA! e se toquem e vão realmente pro outro lado da rua, ou corram de medo, de susto.

Meus amigos não sentem cheiro e não enxergam... não conseguem emitir juízos de valor.

Somos pessoas que tentam o máximo possível buscar um espaço sincero no mundo... a gente num se conforma em conquistar sem realmente merecer e querer conquistar... por isso nossas diferenças nessas terras...

não quero aqui ser o último herói do universo, o dono da verdade, mas eu quero só dizer que buscamos eternamente o que ainda resta de humano entre nós, e o que há de humano entre nós é o individual, o subjetivo, o que transcende a massa orgânica.

Bem, hoje em dia o homossexualismo já não significa apenas uma pessoa que opta por gostar de alguém do mesmo sexo, mas significa passar por milhares de provações sociais até provar que sua sanidade está perfeita e que você realmente está fazendo o que tem vontade.

ou ainda... ser homossexual passou a ser moda em algumas avenidas de São Paulo, e para no instante em que você pisa no lado de dentro da tua casa.

pra mim chega!

se ser gay é interpretado como ser um bicho diferente, alvo de chacotas sociais, um marginal da sociedade ou um EU ACEITO, MAS LONGE DE MINHA CASA, então eu me declaro gay ao teu lado e vou fazer com q todo mundo cale essa maldita boca preconceituosa...

e calem a boqui!

- Ricardo Celestino