A China subjetiva esconde
Uma multidão de geniais substantivos,
Uns mais perfeitos que os outros.
Acordei hoje um pouco de saco cheio de ter que ler ou escrever... sei lá, as vezes eu tenho vontade de enterrar o dia, sabe? tirar pra não fazer exatamente nada!
rs
Quero minha aposentadoria!
- Ricardo Celestino
sexta-feira, 9 de maio de 2008
terça-feira, 6 de maio de 2008
PREFÁCIO MAIS QUE INTERESSANTÍSSIMO
Escrevo um prefácio mais que interessantíssimo com o ultraje de ser mais novo e mais velho que o dono do interessantíssimo. Não há intenção na discussão: escrevo por que o instante pede, por que ando, respiro, bebo, me divirto, me entristeço, me revolto. A escrita é espelho, embora deformado e estranho, bonito e feio, ativo ou inativo.
Cada letra, cada verso, é coração. Escreveria sobre todos, mas estragaria a mágica da poética tornando o trabalho um simples diário de revoltas e amores imbecis.
Leia, critique, chore, divirta-se ou vomite, mas nunca torne-me imbecil demais para o seu tempo, ou divino demais para sua compreensão. Você, leitor preguiçoso, crédulo ou incrédulo, ativo ou bobalhão, é o enfoque desta micha obra que tem o peso de machadadas a quilos de ideais carnívoros.
O teu coração já parou de bater a anos e só agora você percebe que precisa de uns socos poéticos para voltar a senti-lo. Pensepensepensepensepense... tudo juntinho...
Esqueça tudo o que aconteceu no passado!
Esqueça tudo que acontecerá hoje!
Esqueça tudo que viverá e todos os teus planos bestas!
Isso tudo é muito mais importante do que nada... antes ler um livro do que vigiar tua vizinha nua... ou melhor, vigie tua vizinha e depois continue a leitura.
As casas de agitações agitam só os esqueletos aliens... eu não sou daqui... minha casa é um lugar frequentado por estrangeiros...
Estrangeiros do mundo, que rimam sal com cal e no final... tudo é azedo igual... tudo é subsídio... é parâmetro... base para cá, para lá, acolá...
Não consuma minha obra como um vinho caro, encare-a como um sal de frutas...
Adeus e até logo!
Se algum dia cruzares comigo, diga ao menos o quanto desinteressante são minhas palavras...
Queridos leitores, o diabo acompanhe vocês... massa bestelóide.
E pra não deixar de ser acadêmico, e dar aqui justificativa a meu título: ``Toda canção de liberdade vem do cárcere!``
- Como se Gorch Fock tivesse alguma importância numa hora dessas...
Ricardo Celestino
Cada letra, cada verso, é coração. Escreveria sobre todos, mas estragaria a mágica da poética tornando o trabalho um simples diário de revoltas e amores imbecis.
Leia, critique, chore, divirta-se ou vomite, mas nunca torne-me imbecil demais para o seu tempo, ou divino demais para sua compreensão. Você, leitor preguiçoso, crédulo ou incrédulo, ativo ou bobalhão, é o enfoque desta micha obra que tem o peso de machadadas a quilos de ideais carnívoros.
O teu coração já parou de bater a anos e só agora você percebe que precisa de uns socos poéticos para voltar a senti-lo. Pensepensepensepensepense... tudo juntinho...
Esqueça tudo o que aconteceu no passado!
Esqueça tudo que acontecerá hoje!
Esqueça tudo que viverá e todos os teus planos bestas!
Isso tudo é muito mais importante do que nada... antes ler um livro do que vigiar tua vizinha nua... ou melhor, vigie tua vizinha e depois continue a leitura.
As casas de agitações agitam só os esqueletos aliens... eu não sou daqui... minha casa é um lugar frequentado por estrangeiros...
Estrangeiros do mundo, que rimam sal com cal e no final... tudo é azedo igual... tudo é subsídio... é parâmetro... base para cá, para lá, acolá...
Não consuma minha obra como um vinho caro, encare-a como um sal de frutas...
Adeus e até logo!
Se algum dia cruzares comigo, diga ao menos o quanto desinteressante são minhas palavras...
Queridos leitores, o diabo acompanhe vocês... massa bestelóide.
E pra não deixar de ser acadêmico, e dar aqui justificativa a meu título: ``Toda canção de liberdade vem do cárcere!``
- Como se Gorch Fock tivesse alguma importância numa hora dessas...
Ricardo Celestino
segunda-feira, 5 de maio de 2008
MINHAS ANOTAÇÕES NO 12º CONGRESSO BRASILEIRO DE LÍNGUA PORTUGUESA E 3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE LUSOFONIA - IP-PUC/SP
A língua portuguesa possui hoje duas ortografias: a lusitana e a brasileira. A ortografia lusitana é base para as nações lusófonas, exceto o Brasil, sendo lusófonas as nações que tem como língua materna ou segunda língua a portuguesa.
Existe uma proposta que visa ligar o galego à lusofonia, uma vez que existem características lingüísticas próximas entre o português luso, o brasileiro e o galego.
Toda e qualquer reforma lingüística visa respeitar a unidade social que há na língua e refletir em cima das semelhanças ortográficas. A questão ortográfica da língua portuguesa tem quase um século (desde 1911, que deu-se a primeira reforma ortográfica de Portugal, sem a consulta de nenhuma outra nação lusófona).
Segundo Malaca Casteleiro, a língua (ortografia) não é só Portugal, mas todos os usuários dela. Por isso a necessidade de uma reforma com o consenso de todas as nações.
O QUE HÁ DE COMUM ENTRE PORTUGAL E BRASIL NAS REFORMAS ORTOGRÁFICAS?
Hoje, brasileiros aceitam suprimir as consoantes mudas e não articuladas.
Sempre houve a reflexão de um consenso entre a Língua Portuguesa brasileira e a Língua Portuguesa lusitana.
(um resumo breve da palestra de abertura do 12º Congresso de Língua Portuguesa e 3º Congresso de Lusofonia da PUCSP, ministrada por João Malaca Casteleiro da Academia de Ciências de Lisboa)
Logo que acabou a palestra de abertura eu pensei: Nossa! dá pra criar uma baita reflexão sobre a reforma ortográfica e a norma culta, já que ambas visam o respeito das unidades sociais da língua, mas acabam, de certa forma, sendo as responsáveis pela criação de inúmeros preconceitos lingüísticos graças a ´´bons gramáticos´´ que refletem a língua ainda com o discurso de certo e errado.
Fica como sugestão de leitura O preconceito lingüístico, de Marcos Bagno, e uma olhada bem minusciosa nas entrelinhas da Gramática da Língua Portuguesa, 2º grau, de Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto. Pra quem não tem amigos e assistiu o Altas Horas nesse sábado e ouviu o discurso do Professor Pasquale a respeito da língua portuguesa como um armário com inúmeras roupas, vale a pena ler os dois livros.
AHHh! vale ressaltar que mesmo o Brasil tendo uma ortografia que difere, em pouquíssimas palavras, da lusitana, ainda não podemos dizer que exista a Língua Brasileira e a Língua Portuguesa. Aliás, essa é outra discussão que dá muito pano pra manga e exige muito mais pesquisa do que a simples comparação de pronúncias.
Ainda no congresso, Evanildo Bechara trouxe uma reflexão bem interessante sobre gramática. Aí vai minhas anotações:
Estudo sobre a Introdução da Investigação Científica da Gramática Brasileira
- Said Ali foi um gênio na construção da gramaticografia portuguesa no Brasil.
Said Ali: - professor de alemão;
- desenha as regiões do Brasil (1905);
- nascido em Petrópolis (mãe brasileira e padrasto alemão);
- língua materna alemã.
- trouxe para a Gramática Portuguesa novidades metodológicas do curso de Fernand de Saussure.
Reflexão sobre a sincronia e a diacronia na gramática.
- Gramática Elementar: Visa à construção lingüística do indivíduo.
``Descrição de uma língua só pode ser feita sincronicamente.``
- Chama sua gramática de Lexicologia do Português Histórico e afirma que a língua deve ser documentada, pois ela inicia-se falada e daí passa para a escrita. A gramática trata das formas do português em sua documentação escrita.
- como se pode fazer uma gramática histórica sem latim? (As críticas que envolvem a gramática de Said Ali)
- Teoria de Saussure de que a descrição é um estágio lingüístico e o que Said Ali faz é comparar dois estágios lingüísticos sendo o primeiro o português atual, o segundo um português mais antigo.
- Proximidade com a competência lingüística do estudante, já que o Latim fora tirado da grade curricular das escolas.
- Propõe uma nova divisão das fases históricas da Língua Portuguesa.
- Said Ali reflete até a fase do Português Moderno de Machado de Assis, sendo suas últimas leituras Júlio Dinis e Eça de Queiroz.
- O português contemporâneo começa a ser explorado por outros pesquisadores, seguindo como base a gramática de Said Ali.
INTRODUÇÃO DA FONÉTICA SINTÁTICA
- Said Ali é o primeiro a refletir sobre a fonética na gramática, no capítulo referente às dificuldades com a sintaxe (problemas de entonação)
- Até o séc. XVII permanecia a próclise, mas a partir dos séculos seguintes, há uma pronomização em Portugal, intensificando a sílaba tônica.
- Os Lusíadas possui em sua métrica a mesma cadência rítmica do português brasileiro hoje.
CONCLUSÃO DE BECHARA
- Said Ali é um mestre que deve continuar a ser refletido nas gerações posteriores assim como Fernand de Saussure. Ele traz para a gramática da língua portuguesa as primeiras reflexões sobre a dicotomia da língua (fala e escrita), observando-a como um sistema lingüístico.
(Evanildo Bechara, ABL - UFF - Liceu Literário Português, palestrante no 12º Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa e 3º Congresso Internacional de Lusofonia da PUCSP)
E assistir Bechara sem dúvida é a melhor coisa do mundo! O cara manda bem demais e te motiva a pesquisar e estudar, por que você sai de lá se sentindo extremamente idiota e burrão. Vale como sugestão de leitura o Curso de Lingüística Geral de Fernand de Saussure e uma consultada na gramática de Evanildo Bechara que traz reflexões interessantes não só sobre a dicotomia da língua como a real função que uma gramática deve ter (subsídio na hora de estar praticando a língua em uma devida situação).
Celso Cunha também tem uma gramática boa pra quem pensa em revisar textos. É sempre bom ter essas gramáticas em casa, mas cuidado para não comprar uma gramática histórica, por que ela não vai te servir pra nada! rs...
Bem, pra encerrar, trouxe também algumas reflexões do Luís Carlos Travaglia a respeito do ensino das teorias lingüísticas em sala de aula.
- Teorias Lingüísticas e sala de aula – uma ponte possível
COMO APLICAR TEORIA LINGÜÍSTICA EM SALA (sendo teoria lingüística o ensino da língua materna ou gramática descritiva)
I – Bases para ir da teoria às atividades em sala de aula
- Objeto de ensino;
- Estruturação e composição das atividades;
- O conhecimento teórico da língua é fundamental para o professor.
Meta: desenvolvimento da competência comunicativa.
- Menos ênfase à teoria gramatical.
- Necessidade em saber usar a língua.
- Possibilidades significativas dos recursos lingüísticos.
- Competência comunicativa: usar recursos da língua de modo adequado numa situação devida.
- Língua como forma de interação.
- O significado vai além da seqüência lingüística.
- Efeito de sentidos que pode ser produzido num texto. O QUE?, POR QUEM?, EM QUAL SITUAÇÃO?, QUAL OBJETIVO?
``Menos importante desenvolver do aluno a teoria gramatical do que mostrar sua função inserida num texto.´´
A TEORIA É UMA TENTATIVA DE DESCREVER ALGO DA LÍNGUA, E DEVE SER USADA COMO SUBSÍDIOS
- Há mais que uma descrição para o mesmo ato lingüístico.
- Há possibilidades de construções de novas teorias lingüísticas.
(Luíz Carlos Travaglia, Univerdade Federal de Uberlândia, 12º Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa e 3º Congresso Internacional de Lusofonia)
e enfim, eu achei toda essa reflexão muito interessante, por que todas as palestras que eu assisti deixaram aberto uma coisa: continuem estudando sempre, por que a ciência, embora pareça já não ter mais campos de pesquisa ou espaço para coisas novas, está sempre abrindo campos de discussões interessantes que podem muito bem influenciar na prática das pessoas. O congresso é realizado de dois em dois anos. Esse é o segundo que eu participo e saio de lá mais motivado que quando sai do primeiro. Deveríamos cobrar esse tipo de evento em nossas faculdades também. Isso valoriza quem pensa em seguir uma carreira que não é lá muito valorizada hoje em dia: tanto o professor de letras quanto o pesquisador dos fenômenos que envolvem a linguagem.
- RICARDO CELESTINO
Existe uma proposta que visa ligar o galego à lusofonia, uma vez que existem características lingüísticas próximas entre o português luso, o brasileiro e o galego.
Toda e qualquer reforma lingüística visa respeitar a unidade social que há na língua e refletir em cima das semelhanças ortográficas. A questão ortográfica da língua portuguesa tem quase um século (desde 1911, que deu-se a primeira reforma ortográfica de Portugal, sem a consulta de nenhuma outra nação lusófona).
Segundo Malaca Casteleiro, a língua (ortografia) não é só Portugal, mas todos os usuários dela. Por isso a necessidade de uma reforma com o consenso de todas as nações.
O QUE HÁ DE COMUM ENTRE PORTUGAL E BRASIL NAS REFORMAS ORTOGRÁFICAS?
Hoje, brasileiros aceitam suprimir as consoantes mudas e não articuladas.
Sempre houve a reflexão de um consenso entre a Língua Portuguesa brasileira e a Língua Portuguesa lusitana.
(um resumo breve da palestra de abertura do 12º Congresso de Língua Portuguesa e 3º Congresso de Lusofonia da PUCSP, ministrada por João Malaca Casteleiro da Academia de Ciências de Lisboa)
Logo que acabou a palestra de abertura eu pensei: Nossa! dá pra criar uma baita reflexão sobre a reforma ortográfica e a norma culta, já que ambas visam o respeito das unidades sociais da língua, mas acabam, de certa forma, sendo as responsáveis pela criação de inúmeros preconceitos lingüísticos graças a ´´bons gramáticos´´ que refletem a língua ainda com o discurso de certo e errado.
Fica como sugestão de leitura O preconceito lingüístico, de Marcos Bagno, e uma olhada bem minusciosa nas entrelinhas da Gramática da Língua Portuguesa, 2º grau, de Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto. Pra quem não tem amigos e assistiu o Altas Horas nesse sábado e ouviu o discurso do Professor Pasquale a respeito da língua portuguesa como um armário com inúmeras roupas, vale a pena ler os dois livros.
AHHh! vale ressaltar que mesmo o Brasil tendo uma ortografia que difere, em pouquíssimas palavras, da lusitana, ainda não podemos dizer que exista a Língua Brasileira e a Língua Portuguesa. Aliás, essa é outra discussão que dá muito pano pra manga e exige muito mais pesquisa do que a simples comparação de pronúncias.
Ainda no congresso, Evanildo Bechara trouxe uma reflexão bem interessante sobre gramática. Aí vai minhas anotações:
Estudo sobre a Introdução da Investigação Científica da Gramática Brasileira
- Said Ali foi um gênio na construção da gramaticografia portuguesa no Brasil.
Said Ali: - professor de alemão;
- desenha as regiões do Brasil (1905);
- nascido em Petrópolis (mãe brasileira e padrasto alemão);
- língua materna alemã.
- trouxe para a Gramática Portuguesa novidades metodológicas do curso de Fernand de Saussure.
Reflexão sobre a sincronia e a diacronia na gramática.
- Gramática Elementar: Visa à construção lingüística do indivíduo.
``Descrição de uma língua só pode ser feita sincronicamente.``
- Chama sua gramática de Lexicologia do Português Histórico e afirma que a língua deve ser documentada, pois ela inicia-se falada e daí passa para a escrita. A gramática trata das formas do português em sua documentação escrita.
- como se pode fazer uma gramática histórica sem latim? (As críticas que envolvem a gramática de Said Ali)
- Teoria de Saussure de que a descrição é um estágio lingüístico e o que Said Ali faz é comparar dois estágios lingüísticos sendo o primeiro o português atual, o segundo um português mais antigo.
- Proximidade com a competência lingüística do estudante, já que o Latim fora tirado da grade curricular das escolas.
- Propõe uma nova divisão das fases históricas da Língua Portuguesa.
- Said Ali reflete até a fase do Português Moderno de Machado de Assis, sendo suas últimas leituras Júlio Dinis e Eça de Queiroz.
- O português contemporâneo começa a ser explorado por outros pesquisadores, seguindo como base a gramática de Said Ali.
INTRODUÇÃO DA FONÉTICA SINTÁTICA
- Said Ali é o primeiro a refletir sobre a fonética na gramática, no capítulo referente às dificuldades com a sintaxe (problemas de entonação)
- Até o séc. XVII permanecia a próclise, mas a partir dos séculos seguintes, há uma pronomização em Portugal, intensificando a sílaba tônica.
- Os Lusíadas possui em sua métrica a mesma cadência rítmica do português brasileiro hoje.
CONCLUSÃO DE BECHARA
- Said Ali é um mestre que deve continuar a ser refletido nas gerações posteriores assim como Fernand de Saussure. Ele traz para a gramática da língua portuguesa as primeiras reflexões sobre a dicotomia da língua (fala e escrita), observando-a como um sistema lingüístico.
(Evanildo Bechara, ABL - UFF - Liceu Literário Português, palestrante no 12º Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa e 3º Congresso Internacional de Lusofonia da PUCSP)
E assistir Bechara sem dúvida é a melhor coisa do mundo! O cara manda bem demais e te motiva a pesquisar e estudar, por que você sai de lá se sentindo extremamente idiota e burrão. Vale como sugestão de leitura o Curso de Lingüística Geral de Fernand de Saussure e uma consultada na gramática de Evanildo Bechara que traz reflexões interessantes não só sobre a dicotomia da língua como a real função que uma gramática deve ter (subsídio na hora de estar praticando a língua em uma devida situação).
Celso Cunha também tem uma gramática boa pra quem pensa em revisar textos. É sempre bom ter essas gramáticas em casa, mas cuidado para não comprar uma gramática histórica, por que ela não vai te servir pra nada! rs...
Bem, pra encerrar, trouxe também algumas reflexões do Luís Carlos Travaglia a respeito do ensino das teorias lingüísticas em sala de aula.
- Teorias Lingüísticas e sala de aula – uma ponte possível
COMO APLICAR TEORIA LINGÜÍSTICA EM SALA (sendo teoria lingüística o ensino da língua materna ou gramática descritiva)
I – Bases para ir da teoria às atividades em sala de aula
- Objeto de ensino;
- Estruturação e composição das atividades;
- O conhecimento teórico da língua é fundamental para o professor.
Meta: desenvolvimento da competência comunicativa.
- Menos ênfase à teoria gramatical.
- Necessidade em saber usar a língua.
- Possibilidades significativas dos recursos lingüísticos.
- Competência comunicativa: usar recursos da língua de modo adequado numa situação devida.
- Língua como forma de interação.
- O significado vai além da seqüência lingüística.
- Efeito de sentidos que pode ser produzido num texto. O QUE?, POR QUEM?, EM QUAL SITUAÇÃO?, QUAL OBJETIVO?
``Menos importante desenvolver do aluno a teoria gramatical do que mostrar sua função inserida num texto.´´
A TEORIA É UMA TENTATIVA DE DESCREVER ALGO DA LÍNGUA, E DEVE SER USADA COMO SUBSÍDIOS
- Há mais que uma descrição para o mesmo ato lingüístico.
- Há possibilidades de construções de novas teorias lingüísticas.
(Luíz Carlos Travaglia, Univerdade Federal de Uberlândia, 12º Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa e 3º Congresso Internacional de Lusofonia)
e enfim, eu achei toda essa reflexão muito interessante, por que todas as palestras que eu assisti deixaram aberto uma coisa: continuem estudando sempre, por que a ciência, embora pareça já não ter mais campos de pesquisa ou espaço para coisas novas, está sempre abrindo campos de discussões interessantes que podem muito bem influenciar na prática das pessoas. O congresso é realizado de dois em dois anos. Esse é o segundo que eu participo e saio de lá mais motivado que quando sai do primeiro. Deveríamos cobrar esse tipo de evento em nossas faculdades também. Isso valoriza quem pensa em seguir uma carreira que não é lá muito valorizada hoje em dia: tanto o professor de letras quanto o pesquisador dos fenômenos que envolvem a linguagem.
- RICARDO CELESTINO
segunda-feira, 28 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
NÃO SE FAZEM DIAS COMO AQUELE DIA...
Bem, hoje irei escrever algo fugindo um pouco do padrão literário e crítico, mas para quem me conhece sabe que as bases de toda minha parole estão relacionadas a esse assunto...
como irei estar afastado dos computadores amanhã, decidi postar hoje o que já a muito venho exteriorizando com risos, palavras, caras...
dia 26/04/07 - Depois de teus olhos de gota tanto me observarem, e depois de uma guerra incessante de mim comigo mesmo, acabei embarcando em tua Highway, e vc mergulhou de cabeça e de roupa e tudo dentro dos meus sentimentos. O que transparece aos outros como um simples rondó para mover esqueletos, na verdade é uma sofisticada canção de jazz, e nossos ouvidos sensíveis captam o que ninguém jamais captou. Apenas juntos...
Uma das canções que marcaram esse dia:
When your heart is black and broken
And you need a helping hand
When you're so much in love
You don't know just how much you can stand
When your questions go unanswered
And the silence is killing you
Take my hand baby, I'm your man
I got love enough for two
Ten storey love song
I built this thing for you
Who can take you any higher
Than twin peak mountain blue?
Oh well, I built this thing for you
And I love you true
There's no sure fire set solution
No short cut through the trees
No breach in the wall
That they put there
To keep me from you
As you're lying awake in the darkness
This everlasting night
Someday soon
Don't know where or when
You're gonna wake up and see the light
Ten storey love song
I built this thing for you
Who can take you any higher
Than twin peak mountain blue?
Oh well, I built this thing for you
And I love you true
Dia 25/04/08 - E hoje completa quase um ano, na ausência de um dia, e nossa música há de cantar e preencher-nos sempre que necessário. Sei lá, algo como um punk rock muito brega, ou um sertanejo de moicano e calça rasgada... mas ela sempre vai estar presente na forma de abraços, beijos, choros ou sorrisos...
Amoo tu, como nunca amei ninguém menina cabeçuda! E você tem preenchido aqueles vãos de imperfeição que fazem com que eu queira avançar.
thanx!!!
I love you true!
como irei estar afastado dos computadores amanhã, decidi postar hoje o que já a muito venho exteriorizando com risos, palavras, caras...
dia 26/04/07 - Depois de teus olhos de gota tanto me observarem, e depois de uma guerra incessante de mim comigo mesmo, acabei embarcando em tua Highway, e vc mergulhou de cabeça e de roupa e tudo dentro dos meus sentimentos. O que transparece aos outros como um simples rondó para mover esqueletos, na verdade é uma sofisticada canção de jazz, e nossos ouvidos sensíveis captam o que ninguém jamais captou. Apenas juntos...
Uma das canções que marcaram esse dia:
When your heart is black and broken
And you need a helping hand
When you're so much in love
You don't know just how much you can stand
When your questions go unanswered
And the silence is killing you
Take my hand baby, I'm your man
I got love enough for two
Ten storey love song
I built this thing for you
Who can take you any higher
Than twin peak mountain blue?
Oh well, I built this thing for you
And I love you true
There's no sure fire set solution
No short cut through the trees
No breach in the wall
That they put there
To keep me from you
As you're lying awake in the darkness
This everlasting night
Someday soon
Don't know where or when
You're gonna wake up and see the light
Ten storey love song
I built this thing for you
Who can take you any higher
Than twin peak mountain blue?
Oh well, I built this thing for you
And I love you true
Dia 25/04/08 - E hoje completa quase um ano, na ausência de um dia, e nossa música há de cantar e preencher-nos sempre que necessário. Sei lá, algo como um punk rock muito brega, ou um sertanejo de moicano e calça rasgada... mas ela sempre vai estar presente na forma de abraços, beijos, choros ou sorrisos...
Amoo tu, como nunca amei ninguém menina cabeçuda! E você tem preenchido aqueles vãos de imperfeição que fazem com que eu queira avançar.
thanx!!!
I love you true!
terça-feira, 22 de abril de 2008
EPOPÉIA DA BURGUESIA - EM BREVE UM RESUMO CIENTÍFICO
busca-se o tesouro que é o próprio ego,
uma identidade que é um intertexto de grandes histórias,
formam a maior epopéia do universo.
- Ricardo Celestino
uma identidade que é um intertexto de grandes histórias,
formam a maior epopéia do universo.
- Ricardo Celestino
sexta-feira, 18 de abril de 2008
O USO DE DROGAS...
JC - Hoje, a educação concernente a drogas é uma educação contra drogas. Que tipo de educação você acha que devemos adotar para usufruirmos as drogas eficientemente?
Henrique Carneiro: esta é uma questão central. Devemos adotar em relação às drogas não um discurso erradicador e abstensionista puro. O ´just say no´ é uma atitude completamente inviável, porque há uma curiosidade natural das pessoas em conhecer os efeitos das drogas.
Todas as instituições deveriam incentivar os jovens não a ser ´´virgens eternos´´ em relação ao uso destas substâncias, mas sim a conhecê-las em sua imensa gama e nos riscos e benefícios do que cada uma pode trazer. A partir daí, eles escolheriam usá-las ou não, em última instância em função de sua liberdade de escolha. É um direito, assim como fazer alpinismo.
O ideal é um processo educacional em que as pessoas pudessem consumir drogas como parte da iniciação à vida adulta, mas tendo um critério de conhecimento pleno. Ocorreria a substituição do ´just say no´ pelo ´just say know´.
[MATÉRIA EXTRAÍDA DO JORNAL DO CAMPUS. ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES, Universidade de São Paulo, Segunda quinzena de abril de 2008 - NÚMERO 336, ANO 26.]
O uso de drogas psicodélicas é, sob qualquer pretexto, considerado nocivo pela propaganda governamental. Para Henrique Carneiro, autor de seis livros sobre drogas e professr titular do Departamento de História da USP desde 2003, a solução para combater os malefícios do uso destas substâncias não é adotar o discurso de abstenção total, mas sim educar os jovens para que eles desfrutem delas, cientes de seus malefícios. Todas as instituições sociais, da família à escola, devem se envolver no processo de abertura não das portas da percepção, como das do diálogo.
Posto essa matéria com o intuito de estimular uma reflexão a cerca do uso drogas no Brasil. Bem, inicialmente, penso que o Brasil é um país gigantesco e tudo que se pensa para ele, deve-se pensar em toda a sua extensão de norte a sul, de leste a oeste. Henrique Carneiro tem uma brilhante tese sobre como a droga deve ser legalizada, mas ele parte de um princípio ideal, impraticável em São Paulo, quanto mais no Brasil.
Bem, e por que impraticável? Seria o caso de observarmos como se dá o uso de uma substância lícita hoje em dia, o álcool. Podemos afirmar que o álcool é utilizado de forma consciente? Não estou fazendo aqui uma apologia à censura das substâncias químicas, aliás concordo bastante com o que Henrique Carneiro defende, no entanto eu interpreto sua tese como uma utopia que é ótima de ser lida e conhecida, em resumo, um Karl Marx, um Lênin, que na prática acaba gerando resultados que fogem do controle.
Me penduro nas costas do velhinho Paulo Freire para afirmar, com as minhas palavras mas com as idéias do pedagogo, de que é impossível de se pensar em uma lei, uma estrutura ou uma idéia que sirva para todas as extensões brasileiras. As mudanças devem surgir em escala regional, e aí eu me apoio a Henrique Carneiro e afirmo que não deve haver intromissão de igreja, nem de governo, nem de nada quanto às mudanças naturais que ocorrem na sociedade, pois não adiantou nada a igreja posicionar-se contra o uso da camisinha, contra a terra ser redonda, contra o renascimento... as coisas acontecem como devem acontecer. Não devemos forçar nem daqui, nem dali.
E bem... vamos tomar cuidado com o excesso de partidarismos...
Sem mais.
Ricardo Celestino
Henrique Carneiro: esta é uma questão central. Devemos adotar em relação às drogas não um discurso erradicador e abstensionista puro. O ´just say no´ é uma atitude completamente inviável, porque há uma curiosidade natural das pessoas em conhecer os efeitos das drogas.
Todas as instituições deveriam incentivar os jovens não a ser ´´virgens eternos´´ em relação ao uso destas substâncias, mas sim a conhecê-las em sua imensa gama e nos riscos e benefícios do que cada uma pode trazer. A partir daí, eles escolheriam usá-las ou não, em última instância em função de sua liberdade de escolha. É um direito, assim como fazer alpinismo.
O ideal é um processo educacional em que as pessoas pudessem consumir drogas como parte da iniciação à vida adulta, mas tendo um critério de conhecimento pleno. Ocorreria a substituição do ´just say no´ pelo ´just say know´.
[MATÉRIA EXTRAÍDA DO JORNAL DO CAMPUS. ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES, Universidade de São Paulo, Segunda quinzena de abril de 2008 - NÚMERO 336, ANO 26.]
O uso de drogas psicodélicas é, sob qualquer pretexto, considerado nocivo pela propaganda governamental. Para Henrique Carneiro, autor de seis livros sobre drogas e professr titular do Departamento de História da USP desde 2003, a solução para combater os malefícios do uso destas substâncias não é adotar o discurso de abstenção total, mas sim educar os jovens para que eles desfrutem delas, cientes de seus malefícios. Todas as instituições sociais, da família à escola, devem se envolver no processo de abertura não das portas da percepção, como das do diálogo.
Posto essa matéria com o intuito de estimular uma reflexão a cerca do uso drogas no Brasil. Bem, inicialmente, penso que o Brasil é um país gigantesco e tudo que se pensa para ele, deve-se pensar em toda a sua extensão de norte a sul, de leste a oeste. Henrique Carneiro tem uma brilhante tese sobre como a droga deve ser legalizada, mas ele parte de um princípio ideal, impraticável em São Paulo, quanto mais no Brasil.
Bem, e por que impraticável? Seria o caso de observarmos como se dá o uso de uma substância lícita hoje em dia, o álcool. Podemos afirmar que o álcool é utilizado de forma consciente? Não estou fazendo aqui uma apologia à censura das substâncias químicas, aliás concordo bastante com o que Henrique Carneiro defende, no entanto eu interpreto sua tese como uma utopia que é ótima de ser lida e conhecida, em resumo, um Karl Marx, um Lênin, que na prática acaba gerando resultados que fogem do controle.
Me penduro nas costas do velhinho Paulo Freire para afirmar, com as minhas palavras mas com as idéias do pedagogo, de que é impossível de se pensar em uma lei, uma estrutura ou uma idéia que sirva para todas as extensões brasileiras. As mudanças devem surgir em escala regional, e aí eu me apoio a Henrique Carneiro e afirmo que não deve haver intromissão de igreja, nem de governo, nem de nada quanto às mudanças naturais que ocorrem na sociedade, pois não adiantou nada a igreja posicionar-se contra o uso da camisinha, contra a terra ser redonda, contra o renascimento... as coisas acontecem como devem acontecer. Não devemos forçar nem daqui, nem dali.
E bem... vamos tomar cuidado com o excesso de partidarismos...
Sem mais.
Ricardo Celestino
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