AMOR SINCERO
Te enxergo sem capas, nua
Em um escuro tão determinado a se iluminar
Pouco a pouco iluminando
O que antes a nudez mostrada
Não mostrava em outros cantos.
A surpresa de um embate,
Talvez chamar, combate
O inesperado seja sempre o que se vêm.
Comigo o amor não é um problema
Embora seja sempre passageiro
As ânsias de se gozar no momento é que cicatrizam,
Mas as marcas ficam
E ficam pra ficar.
Vá, lute, escravize-se até algo fazer com que se mude.
O mundo te impede de não ser egoísta,
Mas o egoísmo é um mal necessário,
Não é defeito,
Qualidade,
De um amor sempre atualizado,
E da eterna juventude
Contrastando com as nudezas da mocidade.
Sinto que serei sempre um jovem apaixonado,
Pois Amor envelhecido não me vale,
Independe dos meus sonhos e de minhas buscas,
De toda e qualquer estabilidade.
Amar sim. Completamente.
Fingir, jamais.
RICARDO CELESTINO
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
NÁUFRAGO DA UTOPIA
``Brecht externou a idéia de que é feliz a nação que não tem necessidad ede heróis. Afinal, a função do herói não vai além de nos apontar caminhos e nos alertar sobre os riscos da existência, o que por si so já os torna imprescindíveis. No mundo real nada substitui a ação humana, por vezes pequena, mas persistente, diária, coletiva, dos seres humanos. Grandes feitos e transformações mágicas cabem muito bem na ficção, pois expressam nossos desejos. Realizá-los cabe aos pequenos feitos cotidianos dos homens na extensão do tempo.``
- Luís Alberto de Abreu - Introdução do livro Náufrago da Utopia.
E se este discurso fosse gritado em todas as escolas do país, talvez muitas cabeças mudariam. Não digo que mudariam assim, do dia pro outro, mas numa grande escala de tempo, se martelássemos essa idéia na cabeça das pessoas. Cultivamos figuras heróicas o tempo todo, e como um bom torcedor apenas observamos como o herói se sai. Normalmente, para não dizer quase sempre, o herói mostra-se um incrível vilão, e aí acontece do direito de voto tornar-se uma grande forma de se manipular as votações, da imagem do presidente nos desmotivar por esperarmos tudo de quem não pretende fazer nada, enfim, de toda a boa imagem que criamos, na prática sendo distorcida por ações malucas.
Em que ponto gostaria de chegar com esse discurso? Bem, lendo o livro de Celso Lungaretti percebo que quanto mais dedicarmos as nossas vidas como bastidores, as mudanças vão correr de nós, vão pra muito longe. No entanto, gritar e expressar é ainda algo muito perigoso. Se antes nossos inimigos eram os militares, hoje lutamos contra a surdez cultivada por eles. E o que mais deve entristecer pessoas como Lungaretti é ver que vozes que gritavam ao teu lado hoje apenas fazem a manutenção de toda essa estrutura podre que nos rodeia desde Cabralzinho.
Bem, meu discurso é torto e mal preparado, mas espero que tenham ao menos a curiosidade de ler o livro dessa interessante pessoa que é Celso Lungaretti. E pra quem mora na Zona Leste, pra ser mais preciso na Mooca, vai curtir bastante as primeiras páginas. Assim como todo moquense, ele também esconde uma vaidade e deve ter uma camiseta do juventus guardada no fundo da gaveta.
- Ricardo Celestino
``Gerson é o primeiro do grupo a sofrer com os novos tempos. Preso por suspeita de subversão, passa um dia apanhando no Deops. Leva choques no pênis, nos testículos. Mas resiste, sabendo que nada têm contra ele; se não confessar, vão acabar acreditando que é um zé-ninguém e o soltarão.``
- Celso Lungaretti.
- Luís Alberto de Abreu - Introdução do livro Náufrago da Utopia.
E se este discurso fosse gritado em todas as escolas do país, talvez muitas cabeças mudariam. Não digo que mudariam assim, do dia pro outro, mas numa grande escala de tempo, se martelássemos essa idéia na cabeça das pessoas. Cultivamos figuras heróicas o tempo todo, e como um bom torcedor apenas observamos como o herói se sai. Normalmente, para não dizer quase sempre, o herói mostra-se um incrível vilão, e aí acontece do direito de voto tornar-se uma grande forma de se manipular as votações, da imagem do presidente nos desmotivar por esperarmos tudo de quem não pretende fazer nada, enfim, de toda a boa imagem que criamos, na prática sendo distorcida por ações malucas.
Em que ponto gostaria de chegar com esse discurso? Bem, lendo o livro de Celso Lungaretti percebo que quanto mais dedicarmos as nossas vidas como bastidores, as mudanças vão correr de nós, vão pra muito longe. No entanto, gritar e expressar é ainda algo muito perigoso. Se antes nossos inimigos eram os militares, hoje lutamos contra a surdez cultivada por eles. E o que mais deve entristecer pessoas como Lungaretti é ver que vozes que gritavam ao teu lado hoje apenas fazem a manutenção de toda essa estrutura podre que nos rodeia desde Cabralzinho.
Bem, meu discurso é torto e mal preparado, mas espero que tenham ao menos a curiosidade de ler o livro dessa interessante pessoa que é Celso Lungaretti. E pra quem mora na Zona Leste, pra ser mais preciso na Mooca, vai curtir bastante as primeiras páginas. Assim como todo moquense, ele também esconde uma vaidade e deve ter uma camiseta do juventus guardada no fundo da gaveta.
- Ricardo Celestino
``Gerson é o primeiro do grupo a sofrer com os novos tempos. Preso por suspeita de subversão, passa um dia apanhando no Deops. Leva choques no pênis, nos testículos. Mas resiste, sabendo que nada têm contra ele; se não confessar, vão acabar acreditando que é um zé-ninguém e o soltarão.``
- Celso Lungaretti.
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